Os portugueses traçam o seu forte gosto pelas especiarias em 1497, quando Vasco da Gama, que, por ordem de D. Manuel I de Portugal, então rei de Portugal, partiu para o Mediterrâneo em busca de passagem para a Índia. O objetivo do rei era assumir o controle total do comércio de especiarias, que então era considerado um fator influente na busca pelo domínio mundial. Anteriormente, Marco Polo, o famoso “mercador de Veneza” que inspirou William Shakespeare em uma de suas peças notáveis, relatou que encontrou especiarias, bem como ouro, diamantes e marfim no Extremo Oriente no século 13.
Isso provavelmente deu uma dica ao rei português. Portugal e Espanha eram os principais rivais na corrida para onde se encontravam as especiarias. Da Gama chegou às Molucas, na Indonésia, então conhecidas como “Ilha das Especiarias”. Ao retornar para relatar sua descoberta ao rei, ele fez a rota ao redor do Cabo da Boa Esperança através do Oceano Índico. Isso significa que da Gama teve sucesso em sua missão. Isso também augurava a Era dos Descobrimentos na história e tornava Portugal o líder mundial no comércio de especiarias naquela época.
Desde então, os portugueses tornaram-se conhecidos pela comida picante. Muitos pratos portugueses tornaram-se então conhecidos pelo seu sabor picante – o que significa que se não é picante não é comida portuguesa. Os armários de cozinha de Portugal não serão considerados completos, dizem, se não houver especiarias guardadas no local devidamente designado para eles. Diga o nome das especiarias, os cozinheiros portugueses têm – pimenta, cominho, orégano, páprica, alho, cebola, canela, etc.
Devido ao seu profundo amor pelas especiarias, os portugueses têm uma grande influência na culinária mundial. Especiarias e outros intensificadores de alimentos como pimenta, alho, canela, etc., têm uma forte influência nas papilas gustativas de pessoas ao redor do mundo. Asiáticos, americanos e outros amantes da comida em muitos lugares sempre pediam temperos em sua comida.
É de admirar então que o frango do KFC ou a carne moída do hambúrguer do Burger King e do McDonald’s sejam misturados com a mesma quantidade de especiarias que os portugueses fazem nas suas escolhas alimentares?
Aqui estão as cinco especiarias alegadamente mais favorecidas na cozinha portuguesa (não necessariamente nesta ordem):
- Peri peri. É o nome africano para isso, tão pequeno quanto pimenta em grão de arroz com extrema pungência de 30.000 a 50.000 na escala de Unidade de Calor de Scoville. Peri peri é originário de Moçambique e acredita-se que a grafia inglesa para chili veio. Dizia-se que esta pimenta era proveniente da América Central, mas tornou-se conhecida como a mais favorita na África, pois ali era cultivada por séculos. Diz-se que este peri peri moçambicano influenciou a maior parte da cozinha portuguesa.
- (Molho de peri peri é o molho picante engarrafado feito de peri peri. Massu de peri peri é a pasta de peri peri).
- A folha de louro veio da árvore de louro. Possui um forte sabor adstringente que valoriza os pratos. Recomenda-se o uso de uma quantidade moderada de folhas de louro nos alimentos para evitar sabores desagradáveis. Às vezes, os portugueses colocam um grande número de folhas de louro secas na espetada ou no espeto de porco grelhado ou na caldeirada de cacoila.
- A canela, quando moída, tem sabor altamente aromático e calor picante em sobremesas como pastel de nata ou pastel de nata.
- A páprica não é uma especiaria nativa de Portugal, mas é muito usada na cozinha portuguesa, pois dá uma cor avermelhada vibrante aos alimentos. É a variedade doce de páprica que se utiliza em algumas receitas, pois confere mais sabor aos pratos de carne de porco e amêijoa chamada carne de porco alentejana. Chefs portugueses também acompanham o frango grelhado frango no churrasco com páprica.
- Alho. É considerada a especiaria mais apreciada em várias receitas em todo o mundo. É um elemento fundamental para refogar, junto com a cebola e o gengibre, e usado para realçar o sabor de muitos preparos alimentícios como linguiça e chouriço.
Para além destas cinco especiarias preferidas da cozinha portuguesa, preferem também o bacalhau seco, ou bacalhau, como especiaria, sobretudo no prato denominado bacalhau, um soutiens em que o bacalhau seco é misturado com batatas, ovos e azeitonas para acompanhar um sabor umami forte. É assim porque se diz que o bacalhau é rico em ácido glutâmico, especialmente quando seco.